sábado, 8 de junho de 2013

Roteiro de aula

Esta aula foi elaborada como TCC para o curso Melhor Gestão Melhor Ensino, oferecido pela SEE /SP para os professores do Ensino Fundamental do ciclo II de Matemática e Língua Portuguesa das escolas publicas deste Estado.
O curso tem como um dos objetivos introduzir a narrativa nas aulas de matemática para aprimorar as habilidades leitoras e escritoras dos alunos das series.
A aula descrita abaixo se iniciou com a leitura do texto abaixo onde temos a historia da origem do Soroban( o ábaco Japonês).



Conhecimento do Soroban

A origem do soroban é tão antiga quanto à história da humanidade. O certo é que se originou da tábua de calcular, o mais antigo dos ábacos, diante da necessidade da humanidade de negociar.

Os povos antigos, sem saberem uns dos outros, foram dando forma os princípios de contagem que inspiraram a criação dos ábacos modernos, por meio de alternativas de calcular. Temos o exemplo de como tribos guerreiras faziam para recensearem seus soldados. Essas tribos iam colocando pedras em um fosso, cada pedra correspondendo a um guerreiro. Ao chegar à décima pedra, correspondente ao décimo homem, essas eram substituídas por apenas uma pedra, que era depositada em um segundo fosso.
Este processo de contagem e substituição era repetido até se atingir a passagem de cem guerreiros. As dez pedras que simbolizavam os cem guerreiros eram então representadas por apenas uma pedra, agora colocada em um terceiro fosso.
Porém, nessa época ainda não havia a nomenclatura "cem", nem sua ideia , sendo apenas uma contagem elementar, obtida pela relação de pedras e quantidade.
Percebe-se então, que foram as pedras os primeiros objetos que permitiram a iniciação das pessoas na arte de calcular e estão presentes na origem dos ábacos, por meio de uma contagem sem memorização nem conhecimento dos números. Daí surge a expressão cálculo ou calcular, por causa das pedras que faziam a correspondência de quantidade. A palavra ábaco é romana e deriva do grego abax ou abakon, que significa superfície plana ou tábua. O ábaco recebeu outros nomes em outros países tais como: China, Suan Pan; Japão, Soroban; Coréia, Tschu Pan; Vietnam, Ban Tuan ou Ban Tien; Rússia, Schoty, Turquia, Coulba; Armênia, Choreb. No Japão, o ábaco recebeu o nome e características especiais: Soroban. O ábaco chegou ao Japão através da civilização chinesa. Lá chamado de “Suan-Pan”, em 1622.


O Soroban no Brasil


Os primeiros sorobans introduzidos no Brasil vieram nas malas dos primeiros imigrantes japoneses em 1908 a bordo de navios. Esses imigrantes não tinham o intuito claro de divulgação, usando o soroban apenas nas suas atividades pessoais e profissionais, com o qual calculavam a sobrevivência das suas famílias. Já em 1954, o Brasil começou a receber a leva de imigrante pós-guerra, que desembarcaram trazendo na bagagem o soroban denominado “moderno”. O principal divulgador do soroban no Brasil, a partir de 1956, foi o professor Fukutaro Kato, que começou a ensinar e promover campeonatos de cálculo utilizando este instrumento.


Soroban para deficientes visuais.


O primeiro brasileiro a se preocupar com as ferramentas de que os cegos dispunham para efetuar cálculos em nosso país foi o professor Joaquim Lima de Moraes. Adaptou o soroban para que as contas não se deslizassem com tanta facilidade e com apenas um toque desmanchasse toda a representação, porém com mobilidade suficiente para serem movimentadas durante as operações. E o ano de 1949 foi decisivo para as adaptações do soroban para pessoas cegas e de baixa visão. Em janeiro daquele ano, juntamente com seu aluno e amigo José Valesin, procedeu a modificação, que consistiu na introdução da borracha compressora, solucionando a dificuldade dos cegos em manipular esse aparelho. A inserção da borracha permitiu finalmente que os cegos pudessem empurrar as contas com mais segurança e autonomia para representar os valores numéricos conforme as operações a serem efetuadas. Criava-se, assim, o Soroban Moraes, ou soroban, termo abrasileirado do soroban. Com o objetivo de divulgar o uso e ensino do Soroban para pessoas cegas, Moraes publicou em Braille a primeira edição do seu Manual de Soroban, com o apoio da Fundação para o Livro do Cego no Brasil (hoje Fundação Dorina Nowill para Cegos). Moraes não restringiu seus conhecimentos apenas dentro do nosso país, ele repartiu essas informações com diversos países não só da América Latina, mas dos Estados Unidos, Canadá e países da Europa. Movido por um espírito inquietante e instigador de todos os cientistas, revolucionou o ensino da matemática para pessoas com deficiência visual em muitos países por meio de uma adaptação bastante original.

Texto: Luciane Molina.





 ROTEIRO PARA PREPARAÇÃO DE RELATO DE EXPERIÊNCIA EM SEMINÁRIO DESCENTRALIZADO
1. Identificação
a) Diretoria de Ensino (DE): Mirante do Paranapanema
b) Unidade Escolar (UE): E.E Prof.ª Maria Audenir de Carvalho
c) Componente Curricular: Matemática
d)  Prof.ª Eliane Rodolfo Theodoro

2. Palavras-chave do conteúdo
1) Soroban
2) Números decimais
3) Conjunto numérico
4) Construção

3. Tipo de apresentação:
(X) Power Point          (  ) Filmagem      (  ) Imagens
4. Quais os objetivos pretendidos com o desenvolvimento das atividades?
·         Conhecer um instrumento matemático de origem japonesa.
·         Compreender o funcionamento do Soroban.
·         Compreender os números decimais.
·         Conhecer a correta ordem e nomenclatura dos números decimais.
·         Conhecer o conjunto dos números racionais 

 5. O que se espera que o aluno, professor e gestor tenham aprendido ao concluir as atividades propostas? (conteúdo)
·         Funcionamento do Soroban.
·         Sistema dos números racionais e suas respectivas ordens: decimo, milésimo, unidade de milhar, etc.

 6. Como foram desenvolvidas tais atividades? (metodologia)
·        Leitura compartilhada do textos propostos no inicio da aula (artigo) e  na pág.3 do CA Vol. 2
·         Interpretação e leitura de imagens do Soroban pág.5 do CA Vol.2
·         Construção do Soroban, conforme orientação de aula prática págs. 6 e 7
·         Representação de números decimais no instrumento construído.
·         Leitura e interpretação no livro didático sobre números decimais e conjunto racionais.
·         Elaboração de texto síntese sobre o assunto.
·         Realização de exercícios de fixação do conteúdo.

7. Por que é importante que o aluno desenvolva as atividades propostas? De que forma a proposta avança rumo à melhoria da aprendizagem? (justificativa)
Essa atividade  se faz necessária para introdução e melhor compreensão dos números decimais e suas respectiva ordens e do sistema numérico racionais.

8. De que maneira se pode perceber se os objetivos foram ou não alcançados? (avaliação)
A avaliação será realizada em duas etapas:
·         1ª etapa: representação correta dos números decimais no soroban construído por eles.
·         2ª etapa: atividade escrita com representação dos decimais na forma numérica e escrita.

9. Quais materiais foram utilizados para o desenvolvimento das atividades visando às competências leitoras e escritora? (sites, livros, documentos, textos, vídeos, músicas, imagens e materiais digitais em geral etc.).
·         Caderno do aluno Currículo Oficial Vol.2 pág.3 e 4 “ Soroban, o ábaco japonês”
·         Livro didático 6º ano pág. 202 e 203 “o que é número decimal”?
·         Leitura e interpretação das imagens do soroban.


10. Observações
Os textos foram trabalhados como leitura compartilhada. 
Após a discussão e interpretação dos assuntos, cada aluno elaborou um texto síntese em seu próprio caderno.



Bibliografia
Realidade Matemática 6º ano p.202e 203.
Dolce.Osvaldo
Iezzi.gelson
Machado. Antonio
Atual Editora
6ª edição 2009. São Paulo /SP

Caderno do Professor e do aluno Vol 2
Currículo Oficial de SEE/SP


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